COMO CONVIVER COM FILHOS ADOLESCENTES E JOVENS?

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

Texto: Dt 6.5-9, "4 Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. 5 Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. 6 E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; 7 E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. 8 Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. 9 E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas".

 

A - ADOLESCENTES

Introdução:

1. Alguém já disse que o adolescente é alguém que precisa de um empréstimo, mas que deseja ser financeiramente independente. Não importa quão acolhedor e bondoso seja o "banco paterno", o adolescente não aceitará a taxa de juros.

2. Pense a respeito do seu próprio trato com o seu filho adolescente, e analise o fato de que a ajuda é sempre entendida como intrometimento; a sua preocupação como sendo absurda; suas sugestões bem intencionadas como sendo coisas de mandão.

3. Porém, a coexistência pacífica e os relacionamentos significativos entre pais e adolescentes são possíveis desde que os pais saibam entender este período tão importante da vida e apreciem as importantes ocorrências relativas ao desenvolvimento que os estão afetando. Alguns Pontos são importantes:

 

I - O ADOLESCENTE E A INDEPENDÊNCIA

1. Devemos observar que o período da adolescência, é um período de instabilidade, e eles nesta fase estão em busca de sua independência. Esta independência deve ser buscada num ambiente de apoio, companheirismo, e não num ambiente de guerras, intrigas.

2. Muitos que estão na última fase da adolescência, sabem que ainda não estão devidamente preparados para ganhar a vida ou lutar por conta própria. Mas todos eles querem tomar suas próprias decisões. Com a orientação paterna, tomar decisões independentes e enfrentar as conseqüências dessas decisões é a única maneira do adolescente aprender.

 

II - O ADOLESCENTE E AS AMIZADES

1. Pode-se observar que aqueles que estão na adolescência, são imprevisíveis e podem alterar freqüentemente sua fidelidade.

2. Em contrapartida, quando estão saindo da adolescência e entrando na fase adulta, eles passam a ter amizades consideradas mais seguras e estáveis.

 

III - O ADOLESCENTE E O PADRÃO DE COMPORTAMENTO

1. Eles não rejeitam necessariamente os padrões adultos. Mas, fazem de tudo para pertencerem a um determinado "grupo especial", onde são gamados por carros último tipo, certo tipo de linguagem, corte de cabelo esquisito, roupas extravagantes, etc.

2. Se não aprendermos a conviver com estas particularidades, certamente não os conquistaremos.

 

IV - O ADOLESCENTE E A MATURIDADE

1. Em razão da exigência de nossa sociedade sobre o fato dos machos serem mais fortes e atléticos, e porque os meninos amadurecem mais tarde do que as meninas, aqueles meninos que estão no final da maturidade, são os que mais sofrem.

2. Se possuir algumas características físicas, tais como: Ser de pequena estatura, pouco desenvolvido, magro, pode ser desastroso para um menino que tenha entre 15 e dezoito anos. Tal fato pode gerar nele uma auto-imagem negativa pelo resto de sua vida.

 

V - O ADOLESCENTE E O APETITE

1. Normalmente nesta fase eles se tornam altamente comilões, exatamente porque é uma fase de rápido desenvolvimento físico, de grande agitação, onde há uma busca desenfreada pelos esportes, lazer, correrias, etc.

2. Por causa desta agitação própria da idade, há uma busca por alimentos rápidos do tipo lanches, hambúrguer, cachorro-quente, batatas fritas, etc., além de uma preferência por doces, chocolates, etc. Estas refeições ligeiras, não são devidamente saudáveis, embora sejam consumidas em excesso pelos adolescentes.

3. Cumpre aos pais uma boa orientação no sentido de que os hábitos alimentares sejam mais saudáveis.

 

VI - O ADOLESCENTE E O NAMORO

1. É nesta idade que começam os namorinhos, e é a época das "grandes paixões". O adolescente se apaixona com muita facilidade. Descobre muito cedo o "amor de sua vida".

2. Porém da mesma forma em que ele se apaixona, também desapaixona, isto tudo em função do período de instabilidade em que vive.

3. Aqui, precisamos exercer uma certa vigilância, pois é nesta fase que muitas meninas engravidam, trazendo sérias conseqüências para seus pais e consequentemente para seu futuro.

 

VII- O ADOLESCENTE E AS DROGAS

1. É nesta fase que muitos tomam contato com o fumo, álcool, maconha e similares. Eles são altamente influenciados por colegas que já fizeram uso destas drogas, principalmente o cigarro e o álcool, que traz para eles um certo censo de independência, e até mesmo de status.

2. Durante o ano de 1983, nos EUA, numa pesquisa, detectou-se que noventa e três por cento dos estudantes de escola escudaria, haviam tido experiência com fumo, setenta e um por cento com álcool, e cinqüenta e sete por cento com maconha, antes de graduarem-se.

2. Novamente aqui, os pais devem estar vigilantes, observando atentamente o comportamento de seu filho, ou filha, uma vez que viciados, poderão trazer sérias conseqüências, tanto para a família, como para si próprio.

 

VIII - O ADOLESCENTE E A RELIGIÃO

1. Normalmente nesta fase, ele abandona sua bíblia, ora pouco, ou quase nada, fica meio arredio na igreja, critica pastor, diáconos, decisões da igreja, se torna rebelde contra os líderes, etc.

2. É nesta fase que muitos são aliciados pelas seitas heréticas, que tendem a recompensar a obediência com promessas de cuidado, especialmente aqueles que se sentem solitários e lutam por problemas de identidade. Para estes as seitas heréticas oferecem respostas interessantes. Elas favorecem entusiasmo e aceitação.

3. Novamente a orientação dos pais é de suma importância.

 

IX - O ADOLESCENTE E A PROFISSÃO

1. A escolha da profissão, do curso superior a ser freqüentado, é uma outra questão difícil na vida do adolescente, em função de sua instabilidade nesta fase da vida.

2. Embora o apoio do igual, a modelagem e a condição social positiva todos possam influenciar a escolha da profissão, não dão a experiência diária necessária para que o adolescente tome uma rápida iniciativa para determinada profissão.

3. Normalmente aqui, a experiência concreta é o melhor professor. Depois de apanhar um pouco, tudo se encaixa.