AMOR NO CASAMENTO

1CO 13.4-6

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

“4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”.

 

INTRODUÇÃO

 

1. Jamais um casamento pode subsistir sem amor. Quando falamos em amor, queremos nos referir ao amor bíblico e não ao amor-platônico, amor-paixão, muito comum nos adolescentes.

 

2. O verdadeiro amor tem características bem distintas na Palavra de Deus. Vamos ver algumas delas aqui no capítulo 13 da primeira carta de Paulo aos Coríntios:

 

I. O AMOR É SOFREDOR

 

Longânimo”,Lento em irar-se”. Não se ofende ante ao primeiro insulto. Recebe injúrias sem retalhar. A paciência suporta muitos deslizes da pessoa amada e se mostra compassivo com ela.

 

II. O AMOR É BENIGNO

 

 Ser bondoso”, “gentil”, “útil”. Significa estar disposto a realizar feitos de bondade em favor de outrem. Não somente, aproveita oportunidades para fazer o bem, mas igualmente as busca.

 

III. O AMOR NÃO É INVEJOSO

 

 Não sente ciúmes”. O termo grego aqui usado tem a ideia de intensidade, mas orientada para o despeito, a inveja e o ciúme. Esta forma de atitude não pode coexistir com o espírito de amor. Conforme vemos em 1 Co 3.3, (“Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem”) o ciúme e a inveja, são produtos da carne.

 

O ciúme será sempre destrutivo. É uma paixão doentia.

 

IV. O AMOR NÃO TRATA COM LEVIANDADE

 

Não se vangloria”, “Não se auto exalta”. Tal sentimento serve de afronta, pois quem se exalta a si mesmo, degrada os outros.

 

V. O AMOR NÃO SE ENSOBERBECE

 

 Não se mostra altivo”, “Não se incha”, “Não é arrogante”, “Presunçoso”. Em Pv 16.18, a Palavra de deus nos declara que “a soberba precede à ruína e a altivez de espírito à queda”.

 

VI. O AMOR NÃO SE PORTA COM INDECÊNCIA

 

 “Não se comporta sem boas maneiras”. O amor é cheio de tato, nada fazendo para envergonhar o outro.

 

Não desonra, é reverente, não usa palavra indecorosa, não pratica ações indecentes.

 

VII. O AMOR NÃO PROCURA INTERESSES PRÓPRIOS

 

“Não é egoísta; é sempre altruísta”. É próprio do amor dar-se a si mesmo. O amor não insiste sobre seus próprios direitos. Em 1 Co 10.24, temos: “Ninguém busque o proveito próprio, antes cada um o que é dos outros”. Ver ainda 1 Co 10.33, “Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar”.

 

O amor não busca seu próprio aprazimento, seu prazer, sua própria reputação, mas busca o interesse do outro.

 

VIII. O AMOR NÃO SE IRRITA

 

Não se deixa provocar”. Não perde a compostura, diante da ameaça de perder os seus direitos. Não se amargura diante das ameaças reais ou imaginárias.

 

A raiz de muitas tribulações é o nosso comportamento iracivo, irritadiço. Este vício no lar tem sido a causa de muita miséria, desgraça. Lembremos o comportamento do Senhor, 1Pe 2.23, “Quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando ameaçado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente”.

 

IX. O AMOR NÃO SUSPEITA MAL

 

Não encontra o mal onde não existe”. O amor é dotado de mente inocente, sem malícia, esperando sempre o melhor das pessoas, não imaginando o mal de ninguém.

 

X. O AMOR NÃO SE ALEGRA COM A INJUSTIÇA

 

O amor jamais se rejubila quando outros cometem a maldade, o erro”. Não se alegra com queda alheia, não se regozija com a fraqueza dos outros.

 

XI. O AMOR SE ALEGRA COM A VERDADE

 

A verdade neste ponto faz oposição especial à maldade”. Trata-se da verdade de Deus, que é pura, benigna, imaculada. O amor se alegra com o triunfo do bem.

CONCLUSÃO

 

Se vocês conservarem em vosso lar o verdadeiro amor, vocês serão abençoados. O verdadeiro amor, jamais acaba, v. 8, “O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá”. Ele criará um ambiente de respeito mútuo, sincero em vossas vidas.

 

O casamento, só pode subsistir quando o amor é valorizado, aclamado, incentivado!